Dentro da não-monogamia, existem diversas possibilidades de relações. Duas ou mais pessoas podem chegar a acordos variados que funcionam melhor para suas demandas e desejos, o que significa que nem todo mundo que é não-mono segue as mesmas regras. Vem ver se você conhece esses modelos!
Poliamor: É o conceito de ter mais de uma conexão romântica e sexual ao mesmo tempo, com o consentimento de todas as parcerias. As pessoas não precisam estar todas envolvidas entre si, ainda que isso possa acontecer. Os acordos dentro de cada grupo poli podem ser bastante variáveis, assim como o número de pessoas.
Trisal: Um tipo de poliamor, especificamente entre três pessoas. Pode ser em formato triangular (quando todos os membros estão envolvidos romântica e/ou sexualmente) ou em V (quando uma pessoa está envolvida com as outras duas, mas as duas não estão entre si).
Anarquia relacional: Rejeita a hierarquia como base das relações, tanto românticas e sexuais quanto platônicas e familiares. Aqui, nenhum relacionamento é mais importante que outro, a antítese do ideal do amor romântico. O foco é a autonomia e também não há necessidade de rótulos ou regras pré-definidas: anarquistas relacionais definem seus compromissos com cada parceria e questionam práticas sociais padronizadas.
Não-monogamia política: Abrange não apenas as experiências individuais não-mono como também diz respeito a uma articulação coletiva que vai contra a monogamia como instituição. Defende mudanças estruturais, por exemplo nas questões legais interligadas ao casamento ou nas práticas culturais que priorizam casais monogâmicos. É necessariamente anticapitalista e anticolonial, pois esses sistemas sustentam ideais monogâmicos para se fortalecer.
E o relacionamento aberto? É quase consenso entre pessoas não monogâmicas que o chamado “relacionamento aberto” não se classifica como não-mono. Isso porque se trata de duas pessoas que se dão a permissão de não exclusividade sexual, mas mantém todos os demais aspectos da monogamia: hierarquização, afetividade romântica apenas entre o casal, privilégios estruturais, etc. O contato com outras pessoas, por si só, é apenas uma escolha sexual, assim como swingers podem tomar a mesma decisão e se manterem monogâmicos.
Todos os modelos relacionais devem ser baseados em comunicação e responsabilidade para serem saudáveis. Seja na definição de acordos ou no decorrer do tempo, as pessoas envolvidas sempre precisam ouvir e ser ouvidas quanto às suas dúvidas, receios e anseios.